São 15 anos de historia, uma legião de seguidores e diversos
altos e baixos. Os fãs ergueram
as mãos para o céu com o anúncio de The king of fighter X||, não
por ser apenas mais um capítulo da série, mas pela promessa de revitalizar a
franquia: visual 2D com novo design de personagens feitos a mão, animação de
alto nível, soberba em efeitos visuais, e uma revisão de sistemas de batalha.
O lançamentonos arcades provou
o renascimento da série, mas nos videogames fica claro o quão prematuro ele
foi.
Visualmente é uma recompensa aos olhos, pois são
sprites gigantes e cenários detalhados (são apenas seis) e bem animados. O
design puxado para o lado do anime é interessante, bem colorido e animado, mas
também cheio de extremos que pode não agradar. Alguns personagens foram
repensados em suas técnicas de combate, destaque para Iori Yagami, já outros
são desproporcionais demais: Ralf e Clark abusaram de anabolizantes, e Joe
Higashi passou muita fome.
Conceitos de design á parte, a grande
injustiça aparece se você jogar em uma TV com tela maior que 17''. Sim a era
dos televisores de tela grande e alta definição é injusta. A SNK botou um
filtro no jogo para maquiar os sprites estourados que resultou em um visual
embaçado.E os ditos belos efeitos de luz não são tão belos assim.
São vinte e dois personagens, dentre eles Mature e Elisabeth
Blanctorche são exclusivamente do videogame. Caso tenha sentido a falta da Mai
Shiranui no elenco, tudo indica que a SNK Playmore planeja incluí-la, junto com
outros dois personagens - K' e Shermine - via patch de atualização. Quanto ao
sistema de combate, você pode montar um time com três lutadores, mas os
combates são travados um contra um. A mecânica de luta está mais aprofundada,
valorizando a estratégia e as possibilidades de combinação de ataques e combos.
Embora muitos personagens tenham perdido alguns golpes, o balanceamento é bom.
Dentre as novidades está o Guard Attack, que permite realizar uma
defesa e contra-atacar automaticamente. Há também o choque de golpes de força
equivalente que se anulam, e a barra de Critical Counter que, ativada, permite
encaixar uma sequência de golpes aleatórios muito similar à barra Custom
Combo de Street Fighter Alpha 3. Há muito mais ênfase no esquema de combo,
principalmente em manter o oponente suspenso ar com golpe atrás de golpe, algo
dedicado aos jogadores mais hardcore que adoram fazer o quase impossível.
Em algum momento da década de 1990, ter um jogo igual ao arcade
nos videogames era um sonho, mas hoje em dia não faz o menor sentido e KOF X||
é um exemplo disso. Tem apenas dois modos de jogo. Arcade e Practice, não tem
chefe final e sua jogatina online é um problemática. Nesta hora é inevitável
não lembrar de Street Fighter IV e da quantidade de longa data de KOF
podem ( e muitos vão) torcer o nariz, pois a sensação de jogar algo incompleto
martela sua mente a todo instante. Se por um lado a SNK Playmore acertou na
receita revigorando sistema de batalha e visual, por outro economizou em muitos
ingredientes que tornariam a jogatina mais atrativa e dariam ao título maior
longevidade.


AVALIAÇÕES


Técnica: Gráficos:
Replay:

Controle: Acabamento:
Áudio: Dificuldade:

Luta: Cenários: Design dos lutadores:
Modos extras:
Sistema de combate: NOTA FINAL: 5,5
Variedade de golpes:


Produtora: SNK Playmore / Distribuidora: SNK Playmore
Jogadores: 2 / Console: PS3 / Online: Sim