Vifibi
Novato
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| Assunto: O Filho de Drácula - Livro I Sáb Fev 27, 2010 11:48 am | |
| O Filho de Drácula Livro I: O DespertarCapítulo 1: O Castelo- Spoiler:
Esgueirou-se pelo Castelo, por entre paredes altas de pedra fria, emitindo uma sensação de pavor que devorava lentamente a coragem do homem. O coração dele palpitava de medo, desencorajando-o a cada passo.
Parou por um momento, ao notar uma bifurcação no corredor. Sentiu, no lado esquerdo, uma estranha sensação de prazer, e, como se tivesse sido comandado, seguiu aquele caminho cegamente.
A sensação aumentou gradativamente, e ele se esqueceu completamente de sua missão. Abaixou sua espada, apenas a segurando por sorte. Ele sentiu seus músculos mais soltos, relaxados, mas ao mesmo tempo, percebia um perigo iminente, mesmo que o ignorasse.
Por fim, chegou a um salão com três portas laterais, paralelas à três janelas góticas, que iluminavam fracamente com a luz da lua, as portas adjacentes. A sensação de prazer pareceu sumir.
Antes que pudesse se decidir qual porta tomar, ouviu o grito em eslávico de uma pessoa. O grito parecia terrível, mas ao mesmo tempo, tentador. Vinha do quarto à esquerda.
Ele abriu levemente a porta olhando pela fresta. Viu de relance um homem alto, de longos cabelos negros, vestindo uma capa. Ao seu lado, deitado na cama, outro homem, com os olhos fechados. Deduziu ser Jonathan Harker, o homem que veio a negócios.
Subitamente, a porta se abriu. Três lindas mulheres, todas pálidas, saíram olhando desapontadas. De seus belos lábios, saltavam caninos afiados, que reluziam à luz da lua.
Nenhuma delas notou o homem, e, por sorte, nem a pessoa de capa, que carregava Jonathan Harker. Ele logo desapareceu, e as mulheres ficaram a conversar no salão, ainda sem notar o homem.
- Sangue! - A de cabelos loiros gemeu - Preciso de sangue! Noites e noites com nada para beber além de sangue de ratos! É ultrajante! Quero pôr as mãos num forte, delicioso, suculento, cheio de sangue...
Ela parou. Tinha finalmente notado o homem. Debruçou-se sobre as irmãs, e as três riram de prazer, olhando para ele. Sentiu então ele a volúpia das mulheres, lutando contra seu corpo para manter sua espada desembainhada.As mulheres se aproximaram, rindo e cantando em vozes demoníacas, que seduziam o homem a cada rima. Por fim, ele não resistiu, e embainhou sua espada.
As mulheres começaram a esfregarem-se nele, murmurando rimas que deixariam o mais bravio dos homens balbuciando coisas sem sentido. Ele tentou sacar sua espada. A mulher de cabelos negros segurou sua mão.
- Largue a espada, cavaleiro. Espadas são a ferramenta dos brutos e rudes, e aqui estamos entre nobres e civilizados. Largue a espada. - Largar a espada? - Ele respondeu - Se largar minha espada, e me deixar levar por vossas volúpias corruptoras, irei encontrar-me desejando pela espada enfiada em minha própria goela. Meu sangue será apenas meu sangue. - Por que nos judia com vossas palavras? - Perguntou a ruiva - Se quer nos insultar, então seja um verdadeiro nobre e diga vosso nome para aqueles insultados!
O homem teria prontamente dito, se não tivesse recordado as palavras do ministro da aldeia. "Diga seu nome" Ele o alertara "E teria sido melhor se voluntariar como escravo. Aqueles monstros têm um poder especial quando se trata de nomes. Mantenha o seu em segredo, que não será tão facilmente dominado."
- Meu nome? Meu nome não importa, pois nos fogos do Inferno que as aguarda saberão todos os nomes que desejarem, junto com a presença de Satã. - Palavras tão fortes, para um homem tão frágil... - A ruiva beijou os lábios do homem, ao mesmo tempo que virava sua cabeça para o lado, deixando seu pescoço descoberto.
De súbito, o homem reagiu, pressentindo o perigo. Sacou sua espada, e degolou a ruiva, deixando seu corpo nú a mostra numa cena horripilante. As outras duas sobreviventes chiaram, enquanto tentavam dominar a mente do homem.
O homem, sem se deixar levar, perfurou o coração da de cachos negros, enquanto a loira desviava. O corpo da ruiva não mais se encontrava naquele plano.De imediato, a outra mulher mordeu o pescoço dele. Ele, resistindo ao prazer estonteante, também degolou esta, embora se sentisse extremamente fraco. Acabou por desmaiar no chão, entre uma poça de sangue e poeira.
A luz da lua trespassou seu corpo, enquanto um homem raivoso segurava seu corpo com ambas as mãos, enquanto mostrava dentes afiados próximos ao pescoço dele. A vingança então sugou o sangue permanecente em seu corpo.
Capítulo 2: O Despertar - Spoiler:
A lua atravessou a janela, indo de encontro ao rosto de um jovem homem pálido, com cabelos cacheados castanhos, com longos e afiados caninos. Ele acordou, assustado.Olhou para si, e viu a descoloração em sua pele, procurou um espelho. Viu um ao seu lado. Assustado, não conseguiu ver o próprio reflexo. Tentou olhar novamente, sem sucesso.
Depois de algum tempo, finalmente notou o quarto. Paredes altas de uma coloração negra com pilares góticos nas laterais, que seguravam um teto adornado. Ao seu lado, a janela era um vitral, mostrando uma cena de um monstro arrancando e devorando a cabeça de um homem.
Notou uma estante de livros na parte esquerda do quarto, e, na parede oposta, uma mesa de trabalho. A sua frente, havia uma porta. Levantou-se, não vendo utilidade em permanecer deitado.
Assim que levantou, percebeu que não estava respirando. Entrou em pânico, enquanto tentava, sem sucesso, respirar. Por fim, notou que não precisava, e acabou desistindo de tentar.
Olhou pela janela, e viu a lua, o que o surpreendeu, já que via tão claro quanto dia. Decidiu ir comer algo - Estava faminto -, e saiu pela porta. No lado de fora, esperava o homem que vira na noite anterior.Procurou inutilmente sua espada, ela fora retirada. Atacou com os punhos, mas o homem simplesmente desviou, desaparecendo. Ele procurou ao redor, mas acabou imobilizado por trás.
- Acalme-se! Não sou seu inimigo! Não mais! - Acalmar-me? Não irei acalmar-me! Jogaste algum feitiço em mim! - Feitiço? Feitiço! Ele o presenteia com vida eterna, e chama de feitiço! Se tivesse enfeitiçado vós, vós estaria morto! - Estou morto! Não respiro, e meu coração não bate! - Estás morto, mas ao mesmo tempo falas! És agora um vampiro! Um escolhido entre os servos de Drácula, pois recebera o sangue divino dele! - Drácula! O Dragão Sanguinário! Você é o tal Drácula? - Nesse momento, o homem o soltou. - Não. Sou apenas seu servo. Drácula pediu-me para levar-lhe até ele. - Se você é um servo, também é um vampiro? - Infelizmente, não! Sou apenas um mísero mortal! Mas o que não daria pelo Beijo da Não-Morte... - Beijo da Não-Morte? - O homem desistiu de lutar. - Sim, o mesmo Beijo que transformou-o no ser magnífico que és. Lorde dos lordes, rei dos reis, vampiro. - Vampiro! Vampiro! Amaldiçoado o dia que entrei neste castelo! Vampiro! Sou um monstro, um Renegado de Deus! - Deus? - Ele cuspiu - Ele odeia todos nós, humanos ou não. Mata-nos a seu bel-prazer, e ainda o admiram os tolos! Não, não... Estás feliz por ser um Renegado, mesmo que não saiba disso ainda. Agora vamos, Drácula o espera. Chamam-me Lars, se a cortesia está correta. - Está correta. Meu nome é Nathan. - Nathan apertou a mão de Lars, notando-a quente. - Sua mão já está fria, - Lars notou a confusão dele - então ao tocar a minha, você acha que a minha está quente. Nos primeiros meses você terá de se adaptar à Não-Vida, mas não se preocupe, Drácula vos ajudará, e eu estarei ao seu serviço. - Obrigado. Desculpe-me mudar de assunto, mas estou faminto. Preciso comer algo, ou acredito que serei capaz de comer os corpos das mulheres que matei ontem. - Ah, sim, claro. Quase me esqueci. Faz algum tempo que não temos um recém-nascido, então acabamos esquecendo as boas maneiras. Aqui - Ele ofereceu uma garrafa - Beba isto.
Nathan tomou um leve gole, desconfiado, mas logo sentiu um gosto divino naquele líquido, e entornou a garrafa, deliciado. Devolveu a garrafa, agradecido ao servo.
- Agradeço. O líquido da garrafa era magnífico, o que era contido nele? - O sangue do prisioneiro da última noite. Drácula o trouxe, quando encontrou-lhe desmaiado e ensangüentado até o pescoço. Devo admitir, você teve sorte.
Nathan surpreendeu-se por não ter sentido pena, remorso, nojo ou repulsa quando descobriu que o sangue era de um ser humano. Começou a ponderar sobre sua situação, mas fora interrompido por Lars. - Não se preocupe, você não é um monstro. - Como? - Você não é um monstro. Apenas é um ser superior aos humanos. Humanos sentem pena das vacas que devoram? Não. É apenas sua natureza. Agora vamos, devemos ir para Drácula de uma vez.
Lars o guiou por corredores estreitos, sombrios, que, se Nathan ainda fosse humano, teriam o deixado tremendo, morto de medo. Depois de alguns minutos caminhando em silêncio, Lars parou diante de um portão adornado, e bateu três vezes. O portão se abriu.
- A minha entrada não é permitida no Salão dos Vampiros, então você terá que entrar sozinho. - Muito bem. Obrigado, Lars.Naquele momento, Nathan se sentiu extremamente confuso. Sentia-se deprimido por ser um caçador de humanos, sua raça anterior, e queria morrer. Mas, ao mesmo tempo, um sentimento de satisfação dominava seu coração sem batidas. Reprimiu ambos, e limitou-se a atravessar o portão.
No salão sem janelas, o mesmo tipo de arquitetura se aplicava, assim como em todo o castelo, no entanto, pinturas estavam à mostra, e um bar - De sangue, ele supôs - se encontrava à esquerda. No centro, tinham poltronas e sofás, com uma mesa no meio. Era um lugar aconchegante, mesmo para os humanos.
Nas paredes, cinco portas se encontravam. Duas na direita, duas na esquerda, uma à frente. Nathan ouviu passos, vindos da porta da frente. Lentamente, um homem - Que ele supôs ser Drácula - subiu as escadas, chegando ao salão.
Capítulo 3: Drácula- Spoiler:
O vampiro olhou atentamente para Nathan. Diferente da outra vez que se encontrara com um vampiro, dessa vez ele não sentiu medo, ou qualquer tipo de domínio. Dessa vez, sentiu que estava na presença de alguém como ele. Pois de fato era. - Boa noite - O vampiro falou, sentando-se na poltrona. - Boa noite. Assumo que você seja Drácula. - Sim, está correto. Sou Drácula, pai e noivo das sutis criaturas que você assassinou ontem. Como se elas fossem cachorros. - Me... Me desculpe. Elas queriam me matar, beber meu sangue. - Sim, entendo. Você teve sorte, pois, se eu já não estivesse a ponto de exonerá-las, você agora estaria morto. - Sorte! Você me transforma neste monstro, e me diz que tenho sorte! - Ele acabou explodindo.- Sorte! Sorte eu teria se estivesse morto! - Acalme-se. Se morto é como deseja, eu poderei matá-lo agora mesmo. Esteja apenas feliz que fui misericordioso com você.
Nathan ficou sem palavras. Observou Drácula por um momento. Seu semblante era semelhante ao de reis, e suas vestimentas reluziam a luz da lua como mil pedras preciosas. Seu rosto era jovem, mas ao mesmo tempo expressava sabedoria. Realmente, era o rei daquele castelo.
- Drácula. Lendas contam de você desde que o mundo era jovem. Matou pessoas, e devorou suas carnes, sendo amaldiçoado com o "Presente" do vampirismo. - Essa é a lenda, embora incorreta. Caso você queira saber a origem do vampiro, sente-se. Será longo, mas temos toda a eternidade pela frente.
Nathan sentou no sofá, de modo a ficar de frente para Drácula. Ele o encarou por algum tempo, antes que Nathan desviasse o olhar. Então se lembrou de seus dentes, e confirmou que eram afiados e pontiagudos.
" No início, Deus estava entediado. Criou ele Adão e Lilith, a primeira mulher de Adão, do mesmo material que ele. Ela rebelou-se contra o domínio de Adão, querendo que ambos fossem iguais aos olhos da sociedade.
Então Lilith foi expulsa. E, para 'recompensar' sua desobediência, Deus a castigou com o vampirismo. E ela andou o mundo, para sempre imortal, sem nunca ver a luz do dia. Até que ela me conheceu.
Nós éramos amantes, e ela me transformou no vampiro que sou hoje, e, por isso, sou grato. Mas ela é uma mulher independente, e logo esqueceu de mim. E desde então eu tenho vivido aqui, só, tentando substituí-la por noivas como as que você matou ontem. Mas elas nunca foram nem um décimo de Lilith."
Ele parou de falar. Nathan sentiu o peso dele no seu coração, que não batia. Ficaram algum tempo em silêncio, enquanto a lua passava por cima do castelo sem luz. O silêncio teria continuado, até que Drácula o quebrou.- Então! Vamos ao seu primeiro trabalho!
Capítulo 4: O Primeiro Trabalho- Spoiler:
A lua estava alta no céu, com milhares de estrelas rodeando-a. A noite parecia calma, e o vilarejo dormia, pacífico. Os poucos guardas estavam nas entradas, sem dar muita atenção ao seu trabalho. Nas proximidades da cidade, dois homens conversavam. Um deles parecia curvado e com medo, enquanto outro tinha um semblante real, sem demonstrar nem ao menos uma expressão de medo.
- Lars - Chamou Nathan, num sussuro - Lars, esta é minha própria vila! Não posso fazer isso! Nasci e cresci com as pessoas deste lugar! - Acalme-se Nathan. Eles estão dormindo, e seu corpo já sabe o que fazer. Sua missão é simples: Trazer três noivas para Drácula, para substituir as que você matou. - Pode ser simples, mas eu preferia que alguém mais o fizesse além de mim. Não gosto da idéia de matar mulheres que em algum dia já fui amigo, confidente ou até amor de. - É isso, ou a forca. Drácula pode não parecer, mas ele tem mais poderes do que se pode imaginar. Agora vá, e crie a terceira geração de vampiros! - Terceira? - Sim, você é a segunda. Drácula é a primeira, e Lilith é a origem. Não ache que eu nada sei sobre vampiros, rapaz! Sou tão velho quanto o próprio Drácula, embora não tão poderoso. - Tão velho quanto? Mas Drácula tem séculos de idade, enquanto você é um mortal! - Mortal! Não sou apenas um mortal, Nathan! Toda semana Drácula me alimenta com o seu próprio sangue, o que me torna imortal! Isso é, enquanto o sangue durar.
Nathan observou-o, notando seu desespero, e entendendo seu vício. Ele mesmo, sendo um vampiro, sentia o doce sabor do próprio sangue. Levantou-se, e foi em direção a vila, assimilando um "Adeus" para Lars.
Dentro da vila, Nathan conseguiu entrar sem problemas. Os guardas não estavam prestando atenção. Por volta de vinte casas rodeavam-no, fechando um círculo. No meio deste, encontrava-se um parque.
No parque, uma jovem se encontrava, cantarolando algum tipo de canção. Ele se aproximou sorrateiramente, e viu que ela era uma linda jovem, de longos cabelos negros. Percebeu que era Nathalie, a filha do chefe da vila.
O chefe era um gordo corrupto e sem escrúpulos. Vendia as mulheres da vila para nobres, e mantinha o dinheiro. Também corria um boato que ele molestava a irmã mais nova de Nathalie, Louise.
- Uma linda noite - Ela surpreendeu-o - Especialmente para os amantes. - Sim. Mas temo que estes estejam trancados em casa, com medo dela. - Nathan sorriu, recompondo-se. - Ainda assim, é uma linda noite. - Assim como és uma linda mulher. - Nathalie virou-se para olhá-lo. - Palavras tão tentadoras. Papai achou que você estava morto. - De certo modo, ele está certo. - Nem imagino o que você encontrou naquele castelo, Nathan. Mas é bom te ver de novo. - Ela sorriu. - Não acho que possa dizer o mesmo. - Oh, o que lhe aflige? - Uma missão, da qual não poderei escapar. - Mas sua missão está terminada, pois está de volta! - Não. Essa missão falhaste. Mas minha nova não poderá, ou pagarei com minha não-vida por ela. - Oh céus, do que está falando Nathan? - Minha nova condição, Nathalie. Não posso mais me considerar humano. Tornei-me a coisa que prometi destruir, três noites atrás. - Tornaste-se um vampiro. - Nathalie ficou em silêncio. - Sim. Tornei-me o monstro que agora você abomina. - Não abomino-lhe. De fato, desde que saíste sinto tua falta. Não será agora que o abominarei. - De fato, sempre senti afeto por ti, Nathalie. Mas agora, como vampiro, não posso envolver-me com vós em boa consciência. - Então torne-me vampira! - Nathalie pareceu esquecer da hora, pois gritou. - Tornar-lhe vampira! Nunca poderia fazê-lo! - Eu te imploro, Nathan! Não agüento mais as lamúrias de meu pai! Mais uma noite neste lugar, e serei vendida para um nobre na Inglaterra! - Mas... Nathalie... - Eu leio sobre vampiros faz tempos, na biblioteca particular de meu pai. Eu sei sobre as condições, e aceito-as prontamente, mas apenas quero sair daqui, e ficar a vosso lado!
Nathan não pôde revidar, pois Nathalie o puxou para perto, beijando-o apaixonadamente. Ele não conseguiu se controlar, e mordeu o pescoço dela. Ela gemeu de prazer, enquanto Nathan lutava contra si mesmo.
Por fim, Nathalie caiu, semi-morta no chão, enquanto Nathan chorou sobre seu corpo. Ele sabia o que fazer, pois lembrava do breve treinamento que Drácula o dera, mas não queria ter feito aquilo.
- Céus! O que fiz! Se deixá-la morta, saberão que os vampiros atacaram! Se levá-la, irão procurá-la em todo lugar! Oh, Nathalie... Maldito dia em que entrei naquele castelo!
Então ele, não tendo escolha, despejou um pouco de seu sangue nos doces lábios de Nathalie, que escorreram lentamente até seu pescoço, ainda furado. Sua blusa mudou de cor, indo de branco para preto, assim como sua saia. Seus seios pareceram aumentar, conforme o sangue entrava em seu pescoço, e ela atingiu um tom mais pálido.
Nathan carregou-a para Lars sem esforço, pois tinha a força de um vampiro. Entregou-a com algum pesar, com medo do que Lars poderia fazer com o corpo dela em sua ausência, e voltou para o vilarejo, para pegar outras duas.
A segunda, ruiva - Segundo as próprias especificações de Drácula - era sua própria irmã, mas ele já não mais se importava. Ela era a prostituta da vila, desde que os pais morreram, e virar vampira seria um avanço para ela.
A terceira, loira, ele decidiu pela esposa de um velho inimigo seu, o xerife. Ela era farta, nova, e esbelta, e, embora Nathan não se importasse muito com ela, ela toda noite flertava e traía o xerife com outros homens, pois era uma das mulheres mais desejadas da vila. Ambas estavam dormindo na hora da mordida.
Então Lars e Nathan voltaram para o castelo, com Nathan carregando duas, sua irmã, Helga, e Nathalie, enquanto Lars carregava, com um certo tipo de prazer, a esposa do xerife, Julie.
Naquele dia, toda a vila lamentaria o desaparecimento sangrento de três jovens mulheres, assim como a morte de seu xerife, que parecia ter sangrado até a morte.
Capítulo 5: Nathalie- Spoiler:
Nathan acordou na noite seguinte, sentindo-se satisfeito. Três jantares na noite anterior o deixaram farto. Ele levantou, apenas para descobrir que Lars segurava uma toalha, com uma bacia na mesa de cabeceira. Ela estava cheia d'água.
- Bom dia - Lars cumprimentou-o. - Bom dia. Para que a bacia? - Para você se lavar! - Lavar? Pensei que vampiros não podiam encostar em água. - Não, não. Mera superstição. Aqui. Lave-se, você terá o dia inteiro de folga, como recompensa de um bom trabalho.
Nathan não ouviu mais nada. Pensava em Nathalie, e o que tinha feito a ela. Decidindo-se rapidamente, lavou o rosto - A água, para sua surpresa, deixou-o nervoso, e faminto -, e começou a falar com Lars.
- Ei, colega, aonde ficam as noivas? - As que você capturou ontem? Deixe-me dizer, elas realmente eram uma doçura. Eu mesmo tentei falar com elas esta manhã, sabe como é, sempre voluptuosas, mas elas ainda estão adormecidas... Por que, você está com vontade de uma diversão à moda vampírica? - Err... Sim, claro, por que não? Leve-me até elas. - Sim senhor, mas eu espero que você não se importe com mulheres que não se movem.
Nathan sentiu repulsa de Lars, mas seguiu-o silenciosamente pelos corredores góticos do castelo, até o calabouço aonde morrera três ou quatro noites atrás. Viu as mesmas três portas, todas fechadas.
- Aqui estão todas... Espero que você se divirta. Esperarei do lado de fora. Não sou permitido ouvir vampiros "conversando". - Com isso, Lars se retirou."Lars é um pervertido", Nathan pensou, e se dirigiu à primeira porta. Diferente da outra vez, todas estavam fechadas. Abriu-a levemente, e viu sua irmã. Não sentiu vontade de falar com ela, e dirigiu-se a segunda.
Viu Julie deitada, sem respirar. O vampirismo tinha apenas aumentado sua beleza e silhueta, deixando-a ainda mais deslumbrante. Fechou a porta, e foi de encontro à terceira e última porta, a de Nathalie.
E lá estava ela, Nathalie, em paz, deitada sobre seu leito macio, o mesmo aonde Jonathan Harker deitara noites atrás. Mas agora ele deveria estar morto. Sentou ao seu lado, passando a mão em sua cabeça.
Com seus instintos agindo por ele, e a iminente traição de Drácula tornando-se evidente, ele tocou nos olhos dela. Abaixou sua cabeça até seu ouvido, e recitou algo que não fez o menor sentido para ele:
- Is may exsisto meu diligo minha mancipium professio ,ego pareo meus to order she'll imbibo ex meus cruor. Ame minha nex ame meu somes ame meu cruor. Suspicio vix meus nomen est. Is may exsisto tamen minha pontus , is may exsisto tamen minha par , is may exsisto tamen unus lamia.
Subitamente, Nathalie acordou, com olhos desejosos. Ela beijou-o apaixonadamente, mas ele despontou em depressão. Aquela não era sua Nathalie. Esta estava perdida para sempre.
Percebendo a obediência dela, criou um plano. Fez o mesmo com Julie e sua irmã, evitando o beijo da última. Ordenou que as três voltassem a dormir, e foi se encontrar com Lars, assimilando um sorriso.
- Então, se divertiu? - Pode-se dizer que sim. Lars, por que você obedece Drácula tão cegamente? - ... - Ele ficou calado - Não tenho escolha. Ele mantém-me viciado com seu sangue, e com isso eu sou obrigado a serví-lo. - Interessante. Qualquer sangue que você beber será assim? Quero dizer, qualquer sangue vampírico? - Sim. - Aqui - Ele cortou o pulso com a unha - Beba.
Lars ficou em silêncio por um tempo, mas, com um brilho nos olhos, bebeu o sangue. Um novo mestre fora escolhido para ele. Ele bebeu enquanto Nathan deixou, até que ele puxou o pulso para trás, sentindo-se com fome.
- Agora, mestre, o que devemos fazer sobre Drácula?
Capítulo 6: Lilith - Spoiler:
- Por que devo eu me deitar sob vós, se iguais somos, feitos do mesmo material? - Pois a mulher é inferior ao homem! - Não! Eu não sou inferior a ti! Sou tua equivalente, e, para tanto, devo ser tratada como tal! Não me deitarei sob vós! - Então estará quebrando com a vontade de Deus, e será expulsa do paraíso, Lilith! - Não me importa, Adão! Sairei deste mundo, sem delongas, pois vejo que só serei bem-vinda como escrava!
E então Lilith se foi, e, para recompensar Adão, Deus criou para ele Eva, de sua costela, de modo que ela nunca contradizia suas palavras. Os dois tiveram dois filhos, Caim e Abel.
E tudo no Éden era feliz. Até que, um fatídico dia, Caim e Abel conheceram Lilith, já amaldiçoada com o vampirismo. E, sem poderem resistir sua sedução, começaram a disputar sobre ela.
Adão e Eva nada sabiam, e os dois mantinham a disputa em segredo. Abel sempre a agradava mais, e Caim sentia-se frustrado. Ele admitiu a derrota, e Abel e Lilith se casaram.
Uma noite, Lilith veio até Caim, nua.
- Boa noite, Caim. - B-Boa noite, senhorita! - Caim nunca havia visto uma mulher nua. Ela se aproveitou disso, abraçando-o de forma tentadora. - Oh, Caim, seu irmão Abel é um monstro para mim. Maltratas-me, e ages tão prematuramente... - Abel! O monstro! Destratar uma jovem tão divina quanto vós! - Sim, Caim... Por favor, salve-me deste homem tão hediondo. - Mas... O que poderia fazer? Não é certo divorciar-se. - Então use um punhal! - Senhorita! Não poderia matar meu próprio irmão! - Por favor - Ela se ajoelhou, implorando - Eu sinto que morrerei se voltar para casa! Ele me baterá, e me jogará no abismo! - Oh, Abel! Desgraço vosso nome! - Por favor, Caim, vos imploro! - Oh, Céus! Senhora, se não tenho escolha, então o farei.
E Caim matou Abel, por amor à Lilith. A vingança dela estava completa, e Adão chorava por seus filhos. Como recompensa pelo serviço de Caim, ela o transformou na primeira geração de vampiros.
Capítulo 7: Jonathan Harker- Spoiler:
A noite despontava alta no céu. Drácula sorria diabolicamente enquanto tramava seu plano. No Hall de Vampiros, Nathan e suas Noivas esperavam, nervosos.
- Meus caros. - Sim, querido - As três noivas falaram em unissono, sob comando de Nathan. - Nathan, e minhas queridas noivas, terei de partir. - Todos, inclusive Lars, que estava escutando atrás da porta, se surpreenderam. - Partir? - Nathan disfarçou seu contentamento. - Mas... Por quê? Quando? - Partirei amanhã. Nathan, o único motivo de não ter matado você, foi para que cuidasse de meu castelo. Eu ainda voltarei, mas somente daqui à alguns meses. - Sim senhor. Compreendo. Lars irá com você? - Ah, Lars. Gostaria de levá-lo, mas não poderei. Irei como bagagem, para poder viajar pelo dia, e para não chamar a atenção. Meu caixão¹ será transportado comigo, mas eu não poderei levar mais nada. - Sim senhor, entendemos. Mais alguma coisa? - Talvez. Lembram-se - Ele começou a falar com todos os presentes - de Jonathan Harker? - Sim, eu lembro. Ele deve estar morto por agora. - Não. Está vivo, trancado em seu quarto. Eu quero que vocês o matem. Da forma que for necessária. Ele não pode sair deste castelo vivo, ou com vontade própria. - Sim senhor. - Agora saiam, e façam o que eu ordenei. Os ciganos já estão pegando meu caixão.
Uma sensação quente perpassou o corpo de Nathan, como uma lembrança ruim, que ficara presa em sua mente. Drácula iria embora! Ele não seria capaz de efetuar sua vingança por meses! E ele ainda voltaria...
Continuou andando, pensativo, enquanto suas noivas o seguiam. Ele foi de encontro ao quarto de Jonathan, e entrou. Estava vazio. Ele tinha corrido, tentando escapar.
Sentiu a presença viva dele - Que se destacava da de Lars, já que este tinha sangue vampírico suplantando o seu próprio -, e viu que ele se encontrava no quarto das noivas.
Correram os quatro ao encontro de Jonathan. Entre a luz da noite, viram o rosto nítido dele, aterrorizado, procurando uma saída. O quarto fora trancado, deixando-o como um rato numa ratoeira.
- Deixe-nos ficar com ele... - Nathalie sussurou ao seu ouvido. Olhos lascívios eram aparentes. - Temos fome, e sangue humano é algo raro, e precioso. - Nesse momento, Helga e Julie sussuraram o mesmo, seduzindo-o. - Vão. Mas não deixem-no escapar, ou vocês pagarão em sangue.
Nathan abriu a porta, e as três vampiras entraram, desnudadas. Jonathan, ao vê-las, tentou correr, mas Nathan fechou a porta. Era uma porta medieval, de madeira maciça, com uma portinhola no meio.
- Por favor! Deixe-me sair! - Nathan não respondeu. - Te imploro! Essas mulheres querem me matar! - Por favor!
Nathan deu um passo a frente, ficando frente-a-frente com Jonathan, e fechou a portinhola. Ouviu gritos vindos do lado de dentro, e chiados. Depois das batidas terminarem, abriu-a novamente.
Ele viu suas três noivas beijando e se esfregando em Jonathan, que estava no chão, deitado. Ele parecia ter desistido, e ter entrado no mesmo estado de transe que Nathan entrou, algum tempo atrás.
Nathalie arrancou a camisa de Jonathan, enquanto Helga beijava-o. Julie simplesmente o esfregava. Ele tentou resistir, mas descobriu que era inútil. Alguma coisa se passava pela cabeça dele, mas Nathan não descobriu o que era.
Subitamente, Nathalie mordeu o pescoço dele, aumentando o seu prazer. Helga retirou suas calças, e Julie passou a beijá-lo. Nathan assustou-se ao perceber que não sentia nada vendo essa cena. Sentiu-se um monstro.
As três noivas passaram para um transe frenético, aonde deixaram Jonathan exausto, e sem sangue. Ele desistiu de lutar contra, e aceitou os prazeres que lhe eram oferecidos, sem pensar no que viria depois.
Sob um comando de Nathan, Julie cortou com as unhas a barriga de Jonathan, abrindo-a por inteiro. Ele gritou, mas se era de prazer ou de dor, ninguém sabia.
Nathalie e Helga arrancaram suas tripas, expondo-as pelo aposento, enquanto Julie o cegava prazerosamente. Por fim, Jonathan estava desacordado, e Nathalie arrancou seu coração, ainda sangrando, e sugou o sangue nele contido. Ali, Jonathan Harker morrera.
As três saíram do aposento, com seus esbeltos corpos envoltos em sangue fresco. Aparentemente deliciadas, cada uma delas beijou seu mestre. Dessa vez, ele não impediu nenhum.
- Lars! - Chamou Nathan, criando um plano. - Lars, imprestável, aonde está? Venha aqui! - Lars desceu as escadarias desajeitadamente, como um cão obediente. - Sim, mestre! Chamaste, e cá estou! - Chamei, e sua demora fora demasiado longa. Mas, aí estás. Eu tenho um trabalho especial para vós. - Fale, mestre! - Quero que você vá para Londres. - Mestre? Como iria para Londres? Não poderei chegar muito longe sem ser reconhecido pelo Drácula. - Sim, - Nathan tocou na testa de Lars. - Mas não irá como Lars.
Antes que Lars pudesse entender o significado da frase, sentiu seus ossos sendo deformados, junto com seu corpo. Sentiu que toda a sua vida mudava de forma, diante de seus olhos.
- Você irá como Jonathan Harker.
Capítulo 8: Humanidade - Spoiler:
Nathan estava recolhido em seu castelo, pensativo. Faziam dois meses desde que Dracula se fora, mas ele não podia parar de temer sua volta. Mesmo que Lars tenha ido em disfarce, ele não obtinha notícias dele.
Nathalie abraçou-o de surpresa. Ele virou-se, sério, fitando-a. Ela beijou-o como costumava, mas ele não respondeu. Acabou desistindo da lúxuria que sentia, e simplesmente se sentou na poltrona do corredor, perto da janela qual ele olhava.
- Por que o mestre nos rejeita? Não gosta de nossos corpos? - Não é de vossos corpos que sinto falta. - Ele voltou a olhar pela janela. - O que está a olhar? - A vila mais abaixo. - Estão em movimento, posso ver. - Ela começou a olhar com ele. - Sim. Querem nos invadir, mas tudo o que fizerem será inútil. Não têm esperança, mas continuam lutando. - O que fazer? São tolos. - Mas é exatamente isso: São tolos. Mas nós já fomos tolos, assim como eles. Mas agora olhamos como se eles fossem inferiores... - Isso é motivo para dúvida? Nós evoluímos, eles não. É a ordem natural. - Talvez. Mas não deveria ser. - Por favor! - Nathalie ficou irritada - O que é o Ser Humano, exceto um verme mentiroso e invejoso! Todos deveriam estar mortos... Todos os seres vivos! - Inclusive você, inclusive eu. - A diferença é que já estamos mortos, querido. - Como saber? Meu coração não bate, mas eu ainda sinto a tristeza. - Então afogue-a com suas noivas. Estamos entediadas e famintas. Dê-nos algo para fazer, antes que nos revoltemos! - Nathan suspirou, por hábito. - Tudo bem. Se eu devo.
Capítulo 9: Drácula Retorna- Spoiler:
Os portões tremeram com poder furioso, chamando todos os vivos - E mortos - Ao saguão. As portas se abriram num estrondo, com um barulho que poderia acordar até mesmo os decompostos.
Entrou um homem alto, jovem, belo e com um nariz peculiarmente eqüiliino. Usava uma roupa clássica, com uma capa vermelha estereotípica, cabelos prateados ou brancos rodeavam sua cabeça.
- Nathan! - O homem gritou, desnecessariamente, pois ele já estava ao seu lado. - Oh, Drácula! Retonaste da fria Inglaterra! - Apenas para um lugar ainda mais frio. - Frio apenas para o coração de homens, e vosso já fora decomposto faz séculos. - Muito engraçado. Agora, se não se importa, tenho negócios a tratar. Suponho que tenha tratado bem minhas noivas durante minha ausência? - Sim. - "Mas você não vai gostar do quão bem ela foram tratadas" Ele pensou.
Drácula se trancou em suas torres, sem deixar ninguém entrar, exceto Nathan. Uma certa noite, ele fora atarefado de espiar em Jonathan Harker que - Por seu próprio "Descuído" - escapou da Transilvânia.
O ar era pesado e sombrio, e Nathan olhava para a vila com desprezo. Já fazia quase um ano, mas ele ainda não gostava daquele lugar. Esgueirou-se pelos portões, e subiu na estalagem.
Apoiado na parede, ouviu pela janela pessoas conversando. Se tratavam de Jonathan Harker - Lars - e alguém que ele assumiu ser o Professor Van Helsing.
Numa cadeira, amarrada, estava uma mulher de beleza tal que nenhuma noiva poderia se comparar à ela. Tinha os cabelos negros encaracolados, os olhos fechados, e um corpo sinuoso, e perigoso.
Foi assim que Nathan conheceu Mina Harker.
Capítulo 10: A Estaca - Spoiler:
Mina Harker parecia desconsolada, dormindo em sua cadeira, amarrada. Nathan sentira por ela o que jamais sentira por uma mortal durante sua não-vida. Não tivera palavras.
Não conseguiu notar que Jonathan - Lars - e professor Van Helsing conversavam. Ouviu algumas palavras, e finalmente começou a escutá-los ao invés de fitar Mina.
- Não podemos invadí-lo com ela ao nosso lado! - Mas, Herr Jonathan, se ela ficar assim por muito mais tempo, não será possível salvá-la de Drácula! - Não me importa! Não irei expô-la à esse tipo de perigo! - A escolha é sua, ou ela vem conosco, ou se torna escrava de Drácula. - Dito isso, Van Helsing se retirou do quarto. Lars começou a andar de um lado para o outro, e, recorrendo a velhos hábitos, começou a acariciar Mina. - Sabe, - Nathan interrompeu-o, entrando pela janela - Quando você fazia isso com corpos que se moviam... - Mestre! O que faz aqui! Van Helsing irá entrar aqui a qualquer minuto, e então estarás morto! - Não se preocupe - Nathan formulou um plano. - Ele achará que apenas Jonathan Harker estará aqui.
Nathan segurou o pescoço de Lars, fitando-o. Transformou-se em névoa, e entrou pelas narinas dele. Seus olhos reviraram-se, seu corpo contorceu-se, mas por fim desistiu, aceitando um novo - Mais poderoso - Mestre.
No dia seguinte, Nathan pela primeira vez em meses contemplou o nascer do Sol. Admirou sua beleza, até que Van Helsing chamou-o. Era hora de atacar o Castelo de Drácula.
Depois de um desjejum escasso, partiram. A estrada era longa e sinuosa como ele podia lembrar, mas na luz do Sol era dez vezes menos assustadora. Embora a névoa ainda fosse densa.
Depois de algumas horas, chegaram aos portões góticos do Castelo. Abriram a porta pequena que nele se encontrava, e entraram sorrateiramente. Assim que entraram, Helga veio "Cumprimentá-los".
Van Helsing prontamente atacou-a, jogando alho em sua fronte. Ela ficou nauseada, mas retrucou, cortando um sulco em seu peito. Sangue jorrava, e ela cometeu seu pior erro, ao tentar bebê-lo.
Van Helsing, aproveitando a distração dela, decepou-a com um único corte de sua espada. Nathan ficara chocado com a visão de sua irmã, núa, decepada, com o corpo totalmente ensangüentado.
Atrás de si, Mina, carregada por seu pai, gritava encantamentos e maldições, e chamava por seu amor, Drácula. Uma fagulha de ódio vinda de Nathan percorreu seu corpo, e ele direcionou o grupo ao quarto de Drácula.
Como ele ainda dormia, Van Helsing esgueirou-se para perto dele, e, antes que ele pudesse reagir, enfiou-lhe uma estaca por entre seu coração, matando-o instantaneamente. Seu semblante mostrou-se pacífico, porém.
Mina Harker, por sua vez, se acalmou, recobrando a consciência. Saiu dos ombros do pai, e se jogou contra Nathan, beijando-o. Todo o grupo foi embora, exceto os dois.
- Oh, querido! Sinto muito por tudo que lhe fiz passar... - Tudo? Não se preocupe. Drácula está morto, esse é o importante. - Meu querido, não está bem? - Bem? Estou ótimo - Nathan saiu do corpo de Lars, matando-o. Antes que Mina gritasse, ele fechou sua boca com suas mãos - Estou morto. - Quem... Quem é você? O que fez com meu marido? - Acalme-se, seu marido morrera nas mãos de Drácula, muito tempo atrás. Este era um impostor. E agora sei porque Drácula a queria para si. Eu mesmo a quero... De fato, acho que eu mesmo farei o que ele não conseguiu. - Afaste-se! Monstro ou não, não serei violada!
Mas palavras nada adiantaram. Nathan jogou-a contra a parede, e beijou-a. Com as mãos, arrancou suas roupas. Mina tentou lutar, mas não conseguiu resistir. Desistiu de lutar, e deixou Nathan usá-la, enquanto acordava para a nova vida.
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