Raygodness
Veterano
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| Assunto: [capitulo 7] A historia do Tibia Ter Abr 14, 2009 1:58 pm | |
| A Renovação de Tibia
Finalmente, Banor voltou-se para os deuses para que o ajudassem, e eles responderam as suas preces. Novamente foi o sempre preparado Uman quem encontrou uma solução, uma solução que foi possível porque ele havia feito uma descoberta surpreendente: ele descobriu que além de cada estrutura da existência haviam outras dimensões, planos distantes nos quais cada deus ancião não mantinha seus poderes. Entretanto, Uman encontrou um modo de estabelecer uma conexão com esses planos alternativos de existência, e depois de muitas experiências ele aprendeu que era possível conjurar almas de criaturas vivas desses planos. Quando chegavam a Tibia essas almas podiam ser moldadas na forma humana, formando os campeões de que a raça humana desesperadamente precisava. Esta, então, foi a resposta aos problemas da humanidade, e foi colocado imediatamente em pratica. Os deuses implantaram um certo número de portais mágicos em Tibia, portais que logo ficaram conhecidos como Portais das Almas. Por esses portais um fluxo constante de heróis veio ao mundo, guerreiros humanos que eram tanto habilidosos como bravos, e com a ajuda desses campeões as abomináveis hordas foram lenta mas seguramente empurradas de volta. Ao final parecia a ordem poderia ser restaurada.
As coisas pareciam mais radiantes para a raça humana do que fora por um longo tempo. Os poderes aliados dos heróis e humanos avançaram mais e mais no território inimigo, e as hordas negras pareciam permanecer a margem da derrota total. Mas oh, deuses! Esses que acreditaram que as antigas raças seriam agora varridas da face de Tibia foram um pouco precipitados, porque algo inesperado aconteceu. Encarados pelo aparentemente esmagador poder dos exércitos humanos as antigas raças fizeram o que por muito tempo fora impensável: eles assinaram uma trégua. Dragões, orcs, morto-vivos e todas essas outras raças que lutaram entre si por tanto tempo subitamente pararam de atacar umas as outras e concentraram-se na guerra contra a raça humana. E então veio a acontecer que novamente as coisas viraram para o pior. Mesmo que seus inimigos não confiassem o suficiente em cada um dos outros para formar equivalente a uma aliança, o puro fato de pararem de lutar uns com os outros colocou a raça humana em uma situação muito precária. Logo seus avanços hesitaram, e uma vez mais eles foram forçados a tomar a defensiva.
Os exércitos humanos decidiram recolher-se para suas cidades fortificadas para recomeçar a guerra lá, mas novamente eles fizeram uma surpreendente descoberta. Desta vez, a primeira vez registrada na história, os inimigos dos humanos não investiram contra eles para continuar a luta. Muitos ficaram confusos com isso, como se não fosse prontamente evidente o porquê de as hordas agirem desse modo. Uma teoria comum era de que as tensões e desconfianças mutuas entre as raças antigas era muito forte para que combinassem suas forças em uma campanha sustentável, e alguns até sustentavam que eles haviam começado a guerrear entre si uma vez mais. Outros sugeriram que as raças antigas haviam exaurido a si mesmas ao longo de muitas guerras, enquanto outros ainda sugeriam que talvez um equilíbrio houvesse sido alcançado, um estado em que cada lado sentia que poderia viver assim. Seja qual for a razão, um período de inquieta mas fundamentalmente estável paz seguiu-se, e assim é até este dia. Pela primeira vez o problemático mundo teve um alívio da incessante carnificina que o assolou por muito tempo.
Os humanos aproveitaram-se bem dessa oportunidade. Sob a sábia orientação dos reis Thaianeses, que são descendentes diretos de Banor, a raça esta vivendo uma era dourada. As artes e as ciências prosperam, e uma cidade próspera foi fundada. Para ser sincero, a expansão humana encontrou uma resistência feroz, e de fato os destemidos heróis que ainda entram nesse mundo pelos misteriosos Portais das Almas estão ocupados o bastante lutando com as ameaças constantes postadas por todos os tipos de criaturas hostis. Mas por muito tempo a paz permaneceu, e sob essa proteção a raça humana finalmente se assentou como a espécie dominante em Tibia. Entretanto, existem inquietantes sinais de que essa gloriosa era pode estar lentamente chegando ao fim. Pelos antigos inimigos nunca terem sido dominados, e agora parece que eles estão crescendo e crescendo impacientemente. Os ferozes orcs estão agitados uma vez mais, atacando acampamentos humanos e algumas vezes mesmo cidades maiores em ataques cruéis e bem coordenados. Os morto-vivos começaram novamente a andar pela terra, enraizando o medo no coração dos vivos. Existem até mesmo desconcertantes relatórios de que terríveis dragões que estavam adormecidos por séculos estavam novamente deixando seus covis escondidos para oprimir. Pior que tudo, os humanos, essa curiosa raça, começaram a brigar contra si mesmo, e mais de uma vez essas tensões levaram a conflitos armados. No curso do tempo, alguns humanos até renunciaram o governo dos deuses Thaianeses e fundaram suas próprias cidades e impérios.
Pode ser que esta seja ainda outra das manobras pérfidas de Zathroth. É bem conhecido que seus mais diabólicos subordinados, os horrendos demônios, estão à espreita nas sombras, aguardando sua vez. Quem sabe ? talvez Tibia esteja a beira de uma outra guerra cataclísmica, e um novo crepúsculo irá cair sobre o mundo. Apenas o Destino conhece o que o futuro tem guardado para Tibia. Vamos todos ter esperanças e orar para que a união dos humanos não quebre justamente quando for mais necessária.
Texto original: Knightmare Tradução e adaptação: Trasgo Caolho |
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