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[capitulo 5] A historia do Tibia

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[capitulo 5] A historia do Tibia 33101011

[capitulo 5] A historia do Tibia Vide
MensagemAssunto: [capitulo 5] A historia do Tibia [capitulo 5] A historia do Tibia EmptyTer Abr 14, 2009 1:56 pm

A Era do Caos

Uman olhou insanamente para o dano que sua metade má havia feito para a
criação na qual Fardos e ele haviam trabalhado tão duramente. Ele
sentiu que Zathroth havia finalmente ido longe demais. Em seu desespero
ele voltou-se para Fardos a procura de um conselho. Juntos eles
decidiram que seria melhor cortar a ligação entre Uman e Zathroth de
uma vez por todas. Eles concentraram-se nesta tarefa com grande
energia, e seus esforços logo pareceram ser coroados com o sucesso.
Entretanto, quanto mais fraca a ligação entre Uman e Zathroth ficava,
mais fraco o próprio Uman tornava-se, e no fim eles perceberam que a
dualidade não poderia ser separada sem colocar em perigo a própria
existência de Uman. Por fim a tentativa foi abortada. Uman teve de
aceitar o fato de que a dualidade entre Zathroth e ele mesmo não
poderia ser quebrada, e era seu realmente seu destino que suas
existências fossem interligadas por toda eternidade.

Entretanto os esforços de Uman e Fardos não ficaram totalmente sem
conseqüências, durante a tentativa fracassada de separar os deuses
duplos uma pequena parte separou-se, e esse minúsculo pedaço cresceu e
expandiu-se até tomar forma e por fim tornou-se uma criatura
consciente. Essa foi a hora em que Kirok, o Louco, nasceu. Devido a sua
peculiar descendência este estranho deus tinha uma natureza distorcida
ou, como alguns dizem, esquizofrênica. Por um lado ele havia herdado a
mente criativa de Uman e sua natureza inquisitiva, então ele acabou por
tornar-se o deus patrono de todos os que seguem o caminho das ciências
e pesquisas. Entretanto a característica mais famosa de Kirok era seu
senso de humor perturbado. Ele adorava brincadeiras engenhosas e de mau
gosto, e essa característica peculiar fez dele o favorito entre os
bardos, bufões e todos os tipos de pessoas suspeitas.

Enquanto Fardos e Uman trabalhavam arduamente em seu feitiço, as
legiões de Zathroth destruíam a preciosa criação dos deuses anciões, e
a devastação continuava sem pausa. Parecia que o mundo inteiro estava
condenado a perecer. Entretanto, alguns dos deuses menores cansaram de
apenas assistir enquanto sua amada Tibia era devastada. Eles decidiram
levantar resistência contra as temerárias hordas. Bastesh, a Soberana
do Mar, criou criaturas imensas e misteriosas que eram tão terríveis
quanto elegantes, e ela povoou seu amado oceano com elas para garantir
que as legiões de Zathroth nunca poluíssem suas puras águas.
Entretanto, havia pouco que ela pudesse fazer por seus primos que
viviam em terra seca. De todas as suas criaturas as únicas a sobreviver
em terra eram as ágeis e venenosas serpentes. Crunor e Nornur também
criaram criaturas para lutar contra as hordas de Brog e Zathroth:
Crunor, o Senhor das Árvores, criou temíveis lobos, enquanto Nornur
equipou suas amadas aranhas com veneno mortal para fazê-las mais
poderosas.

Entretanto, mesmo com todos os esforços, os deuses não puderam criar
criaturas que fossem páreo para as cruéis e bem organizadas hordas que
perambulavam pela terra. Os esconderijos dos lobos e os exoesqueletos
quitinosos das aranhas não puderam resistir ao aço das lâminas
órquicas, e para cada troll derrubado por veneno vinham outros dois
para tomar o seu lugar. No final as crianças dos deuses recuaram para
áreas fáceis de defender: os lobos desapareceram nas profundezas das
florestas, enquanto as aranhas esconderam-se profundamente nas
cavernas. Lá eles continuaram suas lutas, defendendo seus reinos contra
o ataque violento do inimigo superior. Essas pequenas bolsas de
resistência eram os únicos santuários em um mundo que afundava cada vez
mais no caos. E o pior ainda estava por vir, agora os dragões sentiram
que havia chegado a hora de pegar o que lhes era de direito!

Por séculos eles se propagaram e expandiram em silêncio, despercebidos
por todas outras criaturas. Mas agora que Garsharak, o primeiro e mais
forte de sua raça, enviou-lhes ao mundo eles não conheceram nem
controle nem misericórdia. Os exércitos órquicos foram guiados pelas
inexoráveis chamas do fogo mágico dos dragões, e logo essa orgulhosa
ainda que bárbara raça, que até então não havia conhecido o significado
da palavra derrota, foi dirigida ao abrigo de acampamentos
subterrâneos. Seus aliados, os poderosos ciclopes, não se saíram
melhor. Embora eles tenham obtido um número notável de vitórias usando
suas poderosas armas e armaduras, eles também tiveram de render-se ao
poder superior dos terríveis dragões. Eles juntaram-se aos seus antigos
aliados, os orcs, e seus primos fracos, os trolls, em seu exílio
subterrâneo. Suas orgulhosas cidades que haviam sido construídas ao
longo dos séculos foram queimadas e derrubadas, e suas renomadas forjas
foram perdidas para sempre.

Assim os dragões tomaram o controle da terra, mas a guerra não havia acabado.

Seus inimigos implacáveis, ciclopes e orcs, ressentiram-se do seu
aprisionamento nas entranhas da terra, e eles continuaram a luta de
seus esconderijos subterrâneos. E de fato os dragões, que já haviam
enfraquecido ao longo das batalhas anteriores, sofreram sérias perdas.
Mas agora a guerra também estourou entre os antigos aliados, visto que
ciclopes e orcs competiam por comida e espaço em suas residências
subterrâneas. E já que nenhum dos lados era forte o bastante para
superar os outros a guerra continuou com força total, e todas as raças
sofreram muito no conflito épico. Corpos espalhavam-se pela terra, e
enquanto parecia que a vida seria limpada da face de Tibia as perdas de
todas as raças envolvidas crescia em número diariamente. Era como se a
vida fosse ser enterrada pelos corpos assassinados.

Os deuses anciões assistiram a batalha cataclísmica que se seguia. Eles
não sentiram pena por esses que eram assassinados por que eles pouco se
importavam com as criaturas de Zathroth, mas eles sabiam que algo
estava se perdendo, que alguém teria de cuidar dos corpos e almas
desses que haviam deixado de viver. Eles começaram a procurar por uma
solução, e finalmente Uman propôs que um novo deus deveria ser criado,
um deus que deveria ver que os mortos deviam ser cuidados. Eles
decidiram que a terra, que por um lado era aquela que dava a vida,
deveria ter parte em tomá-la de volta, e que Uman deveria ser o pai do
novo deus. Mas oh, deuses! Os deuses anciões não foram tão cautelosos
quanto deveriam ter sido, e então Zathroth, o Destruidor, soube de seus
planos muito cedo. Ele estava fascinado pela idéia da morte desde o
início, porque ele viu nisso uma nova chance de trazer a destruição e
devastação ao mundo. Logo ele havia preparado um plano cruel. Ele
passou-se pela sua boa metade Uman para enganar a terra, e com isso ele
gerou um outro deus: Urgith, o Mestre dos Morto-vivos. Essa horrenda
divindade era devotada a morte do modo que os deuses Uman e Fardos
tinham em mente, mas ele não era o benigno guardião dos mortos que eles
haviam vislumbrado. Ao invés, Urgith era um deus cruel que empenhou-se
em infundir os corpos dos morto com energia profana, condenando-os a um
estado que não era nem vida nem morte. Assim, a hora do nascimento de
Urgith marcou o inicio dos morto-vivos.

Logo inumeráveis morto-vivos vagavam pelo mundo. Depois de tudo, Tibia
ainda estava coberta pelos incontáveis corpos de orcs assassinados,
ciclopes e outras criaturas ? o legado de muitos anos de guerra
incessante. Estes cadáveres proviam Urgith com o campo de recrutamento
ideal, e ele avidamente transformou todas as carcaças em que pode
colocar as mãos em seus repulsivos servos. Os deuses assistiram
horrorizados enquanto um novo flagelo devastava sua amada criação. Eles
apressaram-se em finalmente por seu plano inicial em pratica, e Uman
uniu-se com a terra para gerar Toth, o Sentinela das Almas. Seria sua
missão guiar com segurança as almas dos mortos para o outro mundo, onde
eles iriam seguramente descansar na paz de um sono eterno e sem sonhos,
enquanto os vermes, seus fiéis servos, aglomeravam-se para devorar seus
corpos que se dispersavam-se pela face de Tibia. Mas o estrago estava
feito, e mesmo Toth e seus servos fazendo o melhor que podiam as
medonhas criações de Urgith continuavam a vagar pela terra. Todas as
outras criaturas, que já estavam enfraquecidas pelas guerras sem fim,
puderam colocar pouca resistência ao novo inimigo que crescia em força
a cada baixa que eles sofriam. Parecia que Tibia estava condenada para
sempre a ser um mundo que era habitado pela morte viva.

Os deuses anciões olharam ao que havia acontecido ao seu mundo, e seus
corações encheram-se de tristeza e ressentimento. Eles sabiam que se
não agissem naquele momento Tibia estaria destinada a se tornar um
cemitério, e então começaram a procurar uma solução. Finalmente eles
concordaram em tentar criar uma raça consciente de si mesmo, uma raça
que poderia ser forte o bastante para assumir a luta contra as hordas
que devastavam seu amado mundo. E então eles criaram uma raça e
enviaram a Tibia. Mas oh, deuses! Os subordinados de Urgith eram muito
fortes. Sua raça foi derrotada em uma geração, e foi varrida da face de
Tibia. Então Uman e Fardos criaram raça após raça, e raça após raça
foram subjugadas pelas cruéis abominações que Urgith havia lançado no
mundo. A maioria dessas raças desapareceram da face de Tibia para
sempre, deixando pequenas e melancólicas lendas e misteriosas ruínas.
Hoje, esta triste época que é comumente conhecida como a Guerra dos
Corpos é basicamente coberta de mistérios, e as infortunadas raças que
foram destruídas nela são agora conhecidas como os anciões.

Entretanto, nem todos os anciões foram erradicados no furioso conflito.
Pelo menos duas das raças criadas pelos deuses anciões no decorrer
desse confronto épico de alguma forma escaparam da destruição e
sobrevivem até hoje. Um deles são os elfos, delicadas criaturas que
podem manejar arcos e instrumentos musicais com igual perícia. Os
outros são os anões, uma valente raça de talentosos mineiros e
ferreiros. Ambas raças lutaram bravamente, mas ambas tiveram de
render-se ao cruel poder de seus inimigos, e foi apenas fugindo para a
segurança de refúgios que eles conseguiram sobreviver. Os elfos após
muitas privações procuraram abrigo na impenetrável profundeza das
florestas, enquanto os anões entrincheiraram-se em suas impenetráveis
fortalezas profundas nas montanhas de Tibia. Lá, essas raças aguardaram
por tempos melhores, amargamente lastimando o cruel destino que havia
mandado-os neste terrível mundo. Mas ao menos eles haviam sobrevivido.
Todas as outras raças anciãs foram aparentemente sentenciadas ao
esquecimento, embora ocasionalmente é alegado que existem outros
sobreviventes.

Por toda sua força, essas raças tinham uma importante falha em comum:
lhes faltava flexibilidade. E isto se provou fatal na guerra contra os
inexoráveis inimigos que eles enfrentavam. Aqueles que não foram
aniquilados sucumbiram às tentações de Zathroth. Mais de um dos anciões
caiu pelas astutas promessas de Zathroth de poder e conhecimento, e a
lenda é que os irados deuses anciões puniram brutalmente muitos deles
pela sua traição. Existe mesmo uma persistente teoria de que algum
desses anciões mais tarde foi moldado pelo desonesto Zathroth no
primeiro demônio. Seja como for, todos os anciões falharam em viver de
acordo com as expectativas de seus criadores: um por um eles foram
subjugados pelo inimigo, e as hordas ainda caminhavam pelo mundo. Mas
os deuses anciões haviam aprendido com seus erros. Sua nova criação
teria de ser bem apropriada para a tarefa. E eles os chamaram de
humanos.
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